Livro: Convergente
Série: Divergente
Autor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: Livro em seu formato digital
Classificacao:
Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
Eu quero te dizer o quanto este livro me emocionou, me deixou com raiva e, ao mesmo tempo, maravilhada. Convergente foi muito mais do que os outros livros da trilogia. Ganhou o meu coração. Talvez você não concorde comigo, caso você tenha lido este livro, mas o achei incrível.
Antes a trama girava em torno das rixas entre as facções e como Tris se desenvolvia e se descobria em sua divergência. Neste volume o tema sobre a natureza humana foi o novo foco, e como a descoberta de um mundo além da cerca abalou as estruturas dos personagens.
Enquanto em Insurgente Tris quase perdia sua sanidade pelo peso de sua culpa e traumas adquiridos no final de Divergente, em Convergente ela se torna uma garota centrada e consciente que sua vida é valiosa. O relacionamento dela com Quatro se eleva a outros patamares enfrentando ao mesmo tempo problemas de ciúmes e confiança.
A divergência toma outro rumo. O que antes era uma ameaça ao sistema, se tornou uma espécie de salvação para o mundo lá fora. Mas surge dúvidas em como isso pode influenciar na natureza humana e se isso torna alguém melhor que o outro. Será que isso era possível? Uma disfunção genética antes agora considerada perfeição? Todos nós sabemos que ninguém é melhor do que ninguém. Pessoas são distintas e todos nós temos defeitos e qualidades. Não há perfeição. E Convergente nos mostra muito bem que caráter e valores morais valem muito mais do que genes.
Conclusão
Eu tenho que confessar que em alguns pontos a história peca, me fazendo tirar uma estrela da classificação. A descoberta do mundo além das cercas, as explicações sobre os motivos que levou Chicago a ser o que ela é atualmente, os motivos da Guerra a dezenas de anos atrás… achei que a autora deixou um pouco vago, ou que não soube explicar tudo tim-tim por tim-tim. Veronica Roth poderia ter se empenhado mais nestes aspectos.
Por outro lado, conhecemos Tobias a fundo pois ele também se torna narrador! Achei fantástica esta forma de narrativa, tornando a leitura mais complexa e nos mostrando outro ponto de vista. E, além disso, os outros personagens antes coadjuvantes, neste volume ganham quase o mesmo peso que os protagonistas. Todo personagem é crucial e tão complexo quanto o outro. Neste quesito, a autora trabalhou muito bem na humanização dos personagens.
Eu não estava pronta para me despedir da trilogia. Demorei um mês para ler o livro porque eu não queria acabar! Fiquei lendo aos pouquinhos e mastigando tudo o que poderia digerir da história. Vi resenhas criticando-o negativamente até o último fio de cabelo, e li spoilers que eu me recusava a acreditar. Entretanto, o final Convergente me emocionou (e muito), e sofri horrores. No começo eu não me conformava com o final, mas depois de me acalmar e pensar no desenrolar da narrativa como um todo, descobri que não poderia ter um final diferente do que foi relatado. Quem leu Divergente e Insurgente sabe que a ousadia da Audácia e o altruísmo da Abnegação andam de mãos dadas, que ambas são extremamente corajosas. E Tris é o melhor exemplo disso.
Você já leu Convergente ou algum dos livros desta trilogia? Me conte o que achou!