Não há ninguém que não tenha pensado nisso se quer uma vez na vida: o que que se passa na cebeça daquela pessoa? Ah, quem nos dera ler os pensamentos das pessoas pelo menos por um dia… Calma, eu não quero levar um choque como no filme Do Que as Mulheres Gostam e de repente começar a ler a mente dos homens — na verdade, eu acho que não seria uma coisa muito boa —, mas bem que eu queria saber, só um pouquinho, o que se passa na cabeça deles para eu ter ideia do que eu poderia fazer para não entrar mais em confusão.
Eu não duvido nada, nem um pouco, que eles pensam a mesma coisa. Dizem que nós, mulheres, somos complicadas, confusas, "instáveis"… E eles? São também, não? Engraçado como os papéis se invertem… Enquanto a convicção do que queremos nos consome, vemos eles num impasse — e vice-versa. Muitas vezes, eu quebrava a minha cabeça tentando descobrir o que se passava, até que eu desisti. Percebi que tentar entender o sexo oposto não dá certo, só paranoia.
Acredito que, ao sermos nós mesmas(os), sem medo do que os outros pensarão, mostramos como somos. E não estou nem ligando mais se gostaram ou não do meu jeito — e tenho certeza que muitos não vão com a minha cara por causa da minha maneira de me vestir, dos micos que pago ou por minhas constantes crises de riso, achando até que sou uma "boba alegre". Pelo menos eu deixei de ser uma pessoa anti-social — está bem, não é para tanto, mas eu tinha dificuldade em fazer amizade etc —, agora só basta ver se minha teoria dará certo.
Enfim, acredito que somente assim, agindo sem medo e preconceito, as pessoas realmente possam conhecer umas às outras e, consequentemente, seus pensamentos e opiniões também são impostas. Assim, ninguém fica submerso em si mesmo. Desse jeito nem precisaremos de um "choque" para saber o que eles pensam. Simplesmente tem que deixar acontecer a amizade, o amor etc… E mesmo assim, ainda acho não tem como completamente entender eles, assim como eles não conseguem inteiramente entender nós, mulheres. É um mistério… e o engraçado é que um depende tanto do outro, que chega até ser estranho — e, ao mesmo tempo, tão natural.