Depois de dias vivendo em condições quase sub-humana (#exagerada) num acampamento, sentindo os ossinhos doendo de frio (isso não foi um exagero, foi um #fato), além de ficar fora da civilização sem internet, TV e algumas vezes sem celular, cá estou — e com uma bagagem transbordando de ideias, bugigangas, livros e revistas.
O congresso N Design não foi totalmente como eu esperava, mas saí satisfeita de lá. O evento é de grande magnitude e tem gente do país inteiro! É o canal para trocar contatos, saborear ideias diferentes e ver de perto como é pensado o design de modo geral — além de turismo, é claro! —, o N serviu para eu abrir os olhos quanto à minha concepção de projeto, conviver e trabalhar em equipe — e como ainda tenho muito o que aprender com tudo isso.
Das Palestras e Workshops
Saí com os olhinhos brilhando! Fui em uma belíssima apresentação de André Beltrão, autor do livro Manual do freela: Quanto custa o meu design. Foi ensinado passo a passo de como fazer um ótimo orçamento de projetos e como encara-los de forma profissional. Também fui na palestra sobre animação em flash, com os irmãos Piologo, donos do site Mundo Canibal. Foi só risada, hahaha, mas eles contaram como foi a trajetória do site passando de 300 acessos por mês para 30 milhões!, sem contar nos macetes de como fazer animações utilizando o Adobe Flash Professional. Nem preciso dizer que eles passaram zilhares de vídeos divertidos deles e ficaram brincando com a galera imitando as vozes que eles mesmos dublam, né? xD
Das Oficinas
De oficinas também saí, no geral, satisfeita. Participei da oficina Tipocali: tipografia e caligrafia e de Serigrafia: customizando sua camiseta. Ambas muito bem elaboradas e super bem explicadas (na medida do possível do tempo que nos era dado, claro).
Eu já estava psicologicamente preparada para ver todo tipo de gente. Design, música e arte tem de tudo, da patricinha ao hippie. E pude perceber que muitos (muitos mesmo) vão ao evento só pela farra e pelas festas que têm durante toda a semana. Todo santo dia era festa e bebedeira até as 6 da matina! É claro que tinham os nerds "santinhos" que se enfiavam na barraca com seus respectivos fones de ouvido já pelas 10 da noite (tipo eu, haha).
Sempre tem aqueles que acham que acampamento é lugar de desfile de moda e para se mostrar. Eu não estava nem ai se eu estava perambulando por ai de meias, tênis velhos, moletom e afins por ser desacostumada com frio (já mencionei que meus ossos doeram de frio?). Só queria ficar quente, nada mais importava! Todo mundo teve que rebolar na madrugada para não morrer de frio. Um dia fez 5° com sensação térmica de quase 0° no alto do morro onde era o acampamento! #morre.
Aconteceu que em dois dias conseguimos dar uma escapada do mundinho alojamento-barra-evento. No terceiro dia de evento a oficina que eu iria participar foi cancelada, e como as outras estavam todas lotadas, eu e mais alguns amigos não podíamos perder a oportunidade de passear. Na cara e coragem, indo de boca em boca, fomos de ônibus coletivo à Lagoa da Pampulha. Vimos de perto o Mineirão e ficamos que nem bobos alegres no parque de diversão que ficava de frente à lagoa. 😊
Eu até parecia boba tirando fotos dos brinquedos, mas aqui em Goiânia não vemos essas coisas todos os dias, hehe.
No 6º dia de evento tinha apenas a plenária final, o fechamento do evento. Aproveitamos este dia para dar uma passeada no shopping e pegar um cineminha.
Uma coisa que percebi lá em BH: as roupas são baratíssimas. Fiz a festa lá, principalmente na loja Malwee, haha.
Lá na FUMEC, onde foi realizado o evento, todos os dias tinha um lugarzinho onde o pessoal fazia o bazar, vendendo várias bugigangas. Ai, era lindo! *-* Consegui torrar quase toda a minha reserva de money que levei pra viagem.
Eu queria registrar tudo por aqui, mas a comunicação via internet era impossível. Onde já se viu bloquear o wifi para um evento de design onde 98% dos encontristas sobrevivem à base de internet? Achei o cúmulo do absurdo. Mas eu confesso que estava amarrando a minha net 3G para poupar a minha bateria, já que a dificuldade de encontrar uma tomada disponível no alojamento era enorme. Deveria ter cerca de 500 pessoas no acampamento, então no mínimo deveriam ter, em média, umas 50 querendo carregar o celular no mesmo momento. 😤
Bom, nada é para sempre né. Nos dois últimos dias eu já não estava aguentando mais e estava louca para ir para casa, apesar de estar gostando de lá ao mesmo tempo. Nada como sua própria casa, energia elétrica à vontade (rs), banho quentinho, seu cantinho aconchegante, com seu notebook, café com leite e seu amor. 😊 Sentimos saudades de tudo, da cama até o teto, do simples ato de abrir o e-mail (apesar de sido assustador ver 90 e-mails não lidos) e do blog, claro!
Tive várias experiências que levei na bagagem comigo. Do conceito de design até o instinto de sobrevivência, haha. Sinto muito a demora para demorar a postar aqui documentando toda esta viagem, mas voltar aos eixos e à sua rotina normal é um tanto angustiante pois tudo que você vê na sua frente está atrasado, haha. Mas aos poucos vou voltando ao normal.
E você já foi para um evento de Design, Belo Horizonte ou acampou com a galera, ou tudo junto? Haha! Conte para mim! 😍