Livro: Cidade das Almas Perdidas (Vol. 5)
Série: Os Instrumentos Mortais
Autor(a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 434
Classificacao:
Sinopse: Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?
Esta resenha possui spoilers, porém, referentes aos livros passados, ok? Como sempre faço em minhas resenhas, nunca digo o final do livro e apenas comento sobre a minha experiência. Como todos já devem saber, sou apaixonada pela série Os Instrumentos Mortais quase tanto quanto sou apaixonada por Harry Potter. Entretanto, de todos os livros da série que eu já li, Cidade das Almas Perdidas é, de longe, o mais intenso!

Nos volumes passados, Clary vai descobrindo aos poucos sobre o misterioso passado de sua mãe, seu pai — o famoso vilão Valetim — e o seu recente descoberto verdadeiro irmão de sangue, Jonathan Cristopher, mais conhecido por todos como Sebastian, que fora escondido pelo seu pai durante anos. Agora, o filho de Valentim quer dar continuidade aos planos de seu pai, porém, de forma muito mais perversa e demoníaca.
Com sangue de demônio correndo pelas suas veias (culpa de seu pai, que o fazia beber sangue de demônio desde seu nascimento), Sebastian se considera filho de Lilith, mãe de todos os demônios e quer trazer uma nova era de Caçadores de Sombras. Para garantir o seu sucesso, Sebastian realiza um pacto que une a alma de Jace com a dele. Se um morre o outro morrerá. Um sente o que o outro sente.
Ao descobrir isso, Clary arrisca sua vida ao aceitar ficar ao lado de Jace quando ele a procura depois de duas semanas desaparecido. Apesar do desespero de ver seu namorado virando uma espécie de marionete de Sebastian, Clary percebe que ainda há esperança e finge que está aceitando a ficar do lado deles. Enquanto isso, Simon e os amigos mais próximos correm atrás de um tipo de arma ou feitiço que possa quebrar o pacto espiritual entre Jace e Sebastian, podendo até infringir as leis da Clave e dos Céus.

Quando eu disse anteriormente sobre o quão o livro é intenso, digo que é no quesito de emoção. Apesar de ter algumas cenas de ação, Cassandra Clare aposta nos sentimentos mais profundos: medo, agonia, felicidade, ódio e amor. Tudo descrito de uma forma tão intensa e com uma riqueza de detalhes que me fez com que eu me sentisse ali, ao lado dos personagens, testemunhando tudo. Como todos os volumes da saga, Cassandra Clare conseguiu me fazer perder o sono. Quando eu finalmente parava de ler já eram quase 3h da madrugada e, ao acordar, retomava a leitura, pois eu estava totalmente presa ao livro!
Apesar de gostar de um bom romance, eu me perguntava se precisaria de tantas cenas românticas e quentes entre todos os casais da saga. Isso não é uma coisa típica de Cassandra Clare. Mas acredito que entendo o por quê disso. Quando você acredita que o mundo está prestes acabar, nunca se sabe o que pode acontecer amanhã. Não digo no sentido de aproveitar a vida, mas em situações como estas as pessoas se unem, os laços se estreitam para unir forças… Tudo fica mais intenso, desesperador e as emoções ficam à flor da pele. Talvez seja esse o motivo da autora ter focado também nas relações amorosas, principalmente de Clary e Jace. Senti que Cassandra Clare quis mostrar que o amor é fundamental para se ter um coração, do contrário é pura cinzas.

Como eu já tinha comentado em outras resenhas, eu adoro relatos paralelos e pontos de vista de diferentes personagens de uma mesma história. Mas o diferencial da autora é que ela termina a narrativa de um personagem bem na hora mais emocionante e parte para a narrativa de outro em outra cena, em outra situação. De acordo com o que eu lia, essas quebras na narrativa só fazia eu ficar mais vidrada!
Em minha resenha do volume 4 da saga, comentei que me passou a impressão que estava lendo uma nova série. Neste 5º volume como sendo uma continuação, o interpretei como um livro de transição. O epílogo se fecha de modo incrível! Cheio de perguntas e polêmicas são mostradas que somente serão reveladas no próximo livro, em Cidade do Fogo Celeste.
Nem preciso dizer que já estou morrendo de ansiedade? Ok.