Quando comecei a aderir coloração e técnicas de lavagem mais naturebas, comecei a buscar também ingredientes naturais que poderiam me ajudar no meu cronograma capilar. E assim, descobri que óleos vegetais de são tudo de bom para os cabelos! Chega de gastar rios de dinheiro com várias máscaras para várias funções diferentes. Agora, basta apenas uma ou duas queridinhas para usa-las em todas as fases do cronograma só utilizando presentes da natureza. 😍
Neste post fiz um compilado com várias informações sobre origem, propriedades e dicas de uso de 8 óleos maravilhosos que podemos usar na nossa agendinha de tratamento capilar, incluindo tratamentos de pele com ênfase no couro cabeludo. Todos os óleos abaixo são óleos que eu uso e aprovo, e não tive problemas com eles ou alergia a não ser o cabelo seboso causado pelo pecado do excesso — então explico a medida legal para evitar este problema, bem como a média de uso de acordo com a minha experiência (e isso varia de cabelo pra cabelo!). A maioria dos óleos vegetais são ricos em vitaminas e antioxidantes, porém, são as propriedades particulares e a forma de uso de cada um que faz a grande diferença! Então, chega mais que aqui só tem coisa boa! ❤️
Óleo de Aloe Vera (Babosa)
Conhecida como a planta milagrosa, a babosa é nativa do norte africano e possui propriedades anti-inflamatória, queratolítica (forçando a aceleração de surgimento de células novas), antibiótica, analgésica, reparadora (devido aos aminoácidos, como por exemplo alanina e arginina) e mais um monte de benefícios — além de ser um ingrediente umedecedor, levando umidade para as camadas da pele. É uma plantinha pau para toda obra que dá para se ter no quintal de casa! É indicada para todos os tipos de cabelos e, apesar de possuir aminoácidos comumente usados na fase de "reconstrução" no cronograma capilar, a babosa é mestre em transferir a água para os fios. Portanto, é uma forte aliada para a fase de hidratação.
- Como usar: Pode usar o óleo puro no cabelo ou batizando a máscara de hidratação. Pode também fazer o uso direto da folha da babosa, abrindo-a e retirando de dentro o líquido gelatinoso. Por não ser gordurosa, a babosa não deixa o cabelo seboso e dá um toque aveludado no cabelo deixando-o bem soltinho!
- Frequência média de uso: 2x por semana.
Óleo de Jojoba
Nativa da América do Norte, o óleo de jojoba é na verdade uma cera líquida extraída do grão de sua planta. É composto por vitaminas A, B1, B2, E (antioxidante) e principalmente de ceramidas, que é um composto maravilhoso que impermeabiliza os fios, selando suas cutículas, grudando umas com as outras como cola, rs. Por causa disso, o óleo de jojoba é ótimo para ser utilizado como complemento para qualquer fase do cronograma pois ajuda a segurar o tratamento feito pela máscara, principalmente na fase de "reconstrução" do cronograma para manter a reposição de massa por mais tempo. Além disso, o óleo é muito bom para cabelos oleosos pois ele ajuda a controlar a fabricação de sebo no couro cabeludo, diluindo o excesso de gordura.
- Como usar: Pode ser usado puro no couro cabeludo para tratamento de controle de oleosidade (uma colher de sopa rasa já basta para umedecer o couro todo); como pré-shampoo, passando um pouco do óleo na palma das mãos e distribuindo em todas as pontas (depois lavar e condicionar normalmente); ou batizado nas máscaras de tratamento.
- Frequência média de uso: 1x a cada 15 dias.
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Óleo de Argan
Ah, esse oleozinho maravilhoso que está na boca do povo… é extraído das amêndoas de uma espécie de árvore (Argania Spinosa) que só existe no deserto de Marrocos. Além de sua extração ser tradicionalmente manual e por ser raro, o óleo de argan é chamado de ouro liquido da região, fazendo dele um dos óleos para fins cosméticos mais caros do mercado! Ele é muito famoso por reduzir os danos ao colorir os cabelos e também na proteção térmica ao usar secador, chapinha ou babyliss. O argan possui 80% de gorduras insaturadas, porém, apesar de ser facilmente absorvido, o óleo não é indicado para cabelo muitos oleosos para usar no couro cabeludo. Por outro lado, tem três vezes mais Vitamina E do que qualquer outro óleo vegetal, então tem forte poder cicatrizante, emoliente e restaurador. Ele se encaixa mais na fase de "nutrição" do cronograma.
- Como usar: Por ser bastante potente, algumas gotinhas do óleo já basta para colocar na máscara e potencializa-la, na misturinha da coloração na hora de aplicar no cabelo, ou na palma da mão para espalhar nas pontas para proteção térmica. Eu já usei uma colher de café de óleo de argan puro misturado com 2 colheres de sopa rasa de óleo de coco extra virgem para fazer umectação e deixei no cabelo somente 1h. Resultado: senti os efeitos da "nutrição" por até 2 lavagens depois, de tão potente que ficou! 😲 Nunca tinha visto uma umectação manter efeito assim por tanto tempo! O cabelo ficou levemente grossinho e um pouco pesado, mas sem aspecto seboso. O brilho e maciez é espetacular. ♥
- Frequência média de uso: 1x a cada 15 dias.
Óleo de Semente de Uva
Com Vitamina A, B, C, E e com alto teor de ômega-6 (um ácido graxo também conhecido como ácido linoléico), o óleo de semente de Uva é super leve e atua um ótimo anti-inflamatório e anti-alérgico. Por ser pouco gorduroso, é muito bom para usar o couro cabeludo para combater capas e ser usado em combate à queda de cabelo e forte aliado para crescimento. Ele também não desbota colorações com facilidade e absolutamente nada da henna, mesmo quando usado de um dia pra outro, como umectação noturna (fiquei cerca de 20h com óleo na cabeça e a cor não sentiu nem cócegas, só a maciez e leveza incrível depois de lavar), além de ser fácil de retirar. E por ser bastante emoliente e o óleo de semente de uva encaixa melhor na fase de "nutrição" do cronograma.
- Como usar: Puro no cabelo da raiz às pontas; como pré-shampoo; ou batizando na máscara.
- Frequência média de uso: Todos os dias de lavagem como pré-shampoo (é sério, ele é bem levinho) ou 1x por semana para outras formas de uso.
Óleo de Ojon
Essa belezinha é considerada um dos melhores óleos vegetais para tratamento capilar, mais indicado até o próprio óleo de argan, só que menos famoso. O ojon é originário de regiões caribenhas descendo até a nossa região amazônica. É rico em cisteína (um dos principais componentes da queratina) e compostos semelhante aos lipídios que são achados na estrutura de fio de cabelo, portanto, é um ótimo repositor de oleosidade natural e restaurador, trazendo a força de volta aos fios, sendo perfeito para a fase de "nutrição" e "reconstrução" do cronograma. Ele é muito denso, portanto, não deve ser usado sempre e é recomendado para cabelos mais ressecados (e uso bem moderado para os outros tipos de cabelo). Infelizmente, por não ser muito conhecido, ele ainda possui um preço bem salgado.
- Como usar: Por ser muito denso, o óleo de ojon parece bastante com uma manteiga, então com um catiquinho de nada já é o suficiente para fazer milagres! Não recomendo usar puro, somente nas máscaras de hidratações e levemente aquecido para derreter a textura de manteiga para ficar líquido e facilitar sua mistura com a máscara.
- Frequência média de uso: 1x a cada 15 dias.
Óleo de Coco (extra virgem)
Rico em vitamina E, K e ferro, o óleo de coco tem alto índice de ácido láurico, ácido mirístico e ácido caprílico. Por ter bastante gordura saturada, o óleo se solidifica quando o ambiente está friozinho (não quer dizer que estragou, viu?). Por ser um dos únicos óleos que conseguem adentrar profundamente na fibra capilar, ele trata o cabelo de dentro para fora, trazendo bastante emoliência aos fios, redução de volume e auxiliando na retenção de água — por isso, é ótimo para a fase de "nutrição" e hidratação do cronograma. O óleo de coco é muito usado para desbotamento de colorações (e da henna também) quando se é usado puro no cabelo durante muitas horas. Dizem por ai que em seu uso contínuo é um bom alisante natural (mas nada comprovado), porém, creio que seja só pelo peso e balanço que ele dá para os fios.
- Como usar: Puro no cabelo da raiz às pontas; pré-shampoo ou selador de cutículas após uso de calor (algumas gotas já bastam); ou batizado na máscara. Dependendo da estrutura do cabelo, ele ainda pode deixar vestígios se não for retirado muito bem porque penetra bastante.
- Frequência média de uso: 1x por semana.
Óleo de Macadâmia
Nativa da Oceania e muito cultivada no Havaí, o óleo de macadâmia é extraído da noz da árvore que leva o seu nome. O seu diferencial é o alto teor de ácido palmitoleico (conhecido como ômega-7), encontrado nas glândulas sebáceas de nossa pele. Por ter afinidade com nossa pele, é facilmente absorvido e forma uma camada protetora. Tem vitaminas do complexo B, E, proteínas, fósforo, ferro e ácidos graxos, que tem propriedades curativas e calmantes. A película protetora ajuda a dar emoliência e previne a perca precoce de umidade. Muito bom para cabelos com química e que tiveram o couro judiado pelo excesso delas e para cabelos cacheados. Recomendo para todas as fases do cronograma, parar dar aquele up em conjunto com outros ingredientes próprios para cada fase.
- Como usar: Puro no cabelo da raiz às pontas; pré-shampoo ou selador de cutículas; ou batizado na máscara.
- Frequência média de uso: Como pré-shampoo quando sentir necessidade ou 1x por semana para outros fins.
Esse foi o único óleo que não usei puro ou misturado, só usando máscaras que já têm o óleo na composição, e sempre tive bons resultados, portanto, achei válido dar a dica. ;)
Manteiga de Karité
Eu gosto muito de usar a manteiga de karité para a pele e nos lábios, mas ela não deixa de ser boa também para os cabelos. Originária na África, ela é bastante famosa por ser um protetor solar natural por causa do ácido cinâmico e também por ter propriedades que estimulam a circulação no couro cabeludo (auxiliando no crescimento capilar), mas é preciso ter cuidado: assim como o óleo de ojon, a manteiga de karité é super concentrada e possui gordura saturada, então pode pesar os fios com facilidade e o excesso entupir os poros, mas é perfeita para cabelos ressecados e que passaram por processos químicos, e é indicada para a fase de "nutrição" do cronograma capilar.
- Como usar: Menos é mais! Um catiquinho já é essencial. Seu uso é bastante semelhante ao uso de óleo ojon (esquentando para derreter a textura manteigosa) para usar na máscara. Não faça umectação com a manteiga pura — a não ser que seja um pequeno complemento para a umectação, só não exagere — porque se você passar do ponto não importe o tanto que lave, esse negócio não sai pra nada neste mundo (digo isso por experiência própria).
- Frequência média de uso: 1x por semana.
Como e onde achar óleos 100% puros e naturais?
Precisamos ter bastante cuidado na hora de comprar qualquer óleo vegetal, principalmente nas perfumarias e lojas de cosméticos, pois muitos destes óleos nas prateleiras são misturados e diluídos em outros óleos menos nutritivos e isso acaba prejudicando seu potencial. Sempre certifique que o óleo que você está comprando seja 100% puro e natural, prensados a frio, não refinados, sem adição alguma de conservantes (como parabenos), essências, óleo mineral, petrolatos ou quaisquer outros ingredientes. Se tiver a variação entre virgem e extra virgem, fique sempre com a segunda opção. Desconfie de produtos que são extremamente baratos (principalmente quando se trata do óleo de ojon e de argan) ou que não mostra a lista de composição.
Se acharmos as fontes certas conseguimos ter acesso a estes óleos em alta qualidade. Você pode encontra-los em casas de produtos naturais ou em lojas virtuais especializadas. As lojas abaixo são as minhas de confiança e sempre chegou tudo bem certinho!
- Flora Fiora: É a minha preferida pois tem uma boa variedade de vende quantidade de 10ml até em altas quantidades para atacado. É perfeita para comprar óleos mais nobres (como argan e ojon) que são usados em pouca quantidade. Tem um preço justo e o atendimento é um amor!
- Mundo dos Óleos: Vende bastante no atacado e um pouco careira no varejo, mas tem ótimas promoções se ficar de olho.
- Engetec Engenharia das Essências: Amo esta loja para comprar manteigas e outros aditivos além de óleos.
Dica: Ao fechar o pedido, não deixe de pedir o certificado e análise laboratorial com as características físico químicas do óleo adquirido para comprovar sua qualidade!
Em quais cremes devemos usar os óleos?
O creme de sua preferência! Mas vale lembrar que cremes que já possuem óleo na composição ao adicionar mais óleo corre o risco do cabelo ficar ensebado. Uma dica legal é usar máscaras básicas e multifuncionais, livres de silicones e petrolatos (como os da linha Yamasterol) para quando for usar os óleos. O legal é que este mesmo tipo de creme também dá para adicionar outro ingrediente para usar para outros fins (como expliquei no post sobre cronograma capilar, lembra?). Uma mesma máscara, vários benefícios.
A partir do momento em que eu tive a consciência dos produtos ao seu redor, com componentes que ao longo prazo podem trazer sérios problemas à nossa saúde ou sem informar a procedência dos mesmos, comecei a pensar duas vezes antes de comprar qualquer produto. Eu sou a favor da informação e do custo-benefício, mas é preciso ser feito com consciência. Tudo em excesso faz mal, como qualquer coisa na vida. Portanto, é preciso usar estes presentes da natureza com cautela, tendo noção da propriedade de cada um e dos possíveis efeitos colaterais. Só por ser natural não significa que fará mal de forma alguma, pois tudo é passível de alergias. Prova de toque sempre!
Só opto por usar algo fora do comum quando pesquiso bastante sobre o assunto, porque isso se trata da minha saúde — e saúde é assunto sério. Além disso, gosto de ter a sensação de controle do que estou colocando no meu cabelo e saber de onde vem. E eu vendo bons resultados, adoro compartilhar isso com todos! Porque coisas boas merece ser compartilhadas 😍 😊
E você? Já usou algum óleo para cabelo? Já conhecia algum destes indicados no post? Compartilhe comigo sua experiências. ♥